Micaela Oliveira © 2018
São nos momentos de mais alegria e rodeada de Amor que as melhores ideias me surgem. Esta aventura começou muito antes de eu própria ter tomado consciência da sua dimensão e importância…
Num resumo muito curto, diria que o primeiro momento foi quando uma das minhas melhores amigas, quase ainda em segredo, me contou que o momento mágico acontecera e ela iria viver o seu dia de sonho: "Amiga… vou casar!". Disse-o num olhar vidrado e numa luz tão forte, que senti toda a sua emoção.
Mas as surpresas não terminavam por aí. Dias mais tarde, e da forma que só ela sabe fazer, convidou-me para Madrinha, criando a ponte perfeita e a alusão mais doce.
Assumi o papel de Madrinha com todo o meu coração e, dentro de mim, fiz a promessa que traria felicidade aos sonhos dela e que todas as loucuras imaginadas seriam possíveis.
No jantar de natal da Família de Amigos que escolhi, falámos sobre as despedidas de solteiros e rapidamente surgiram várias ideias. Entre inúmeras e excêntricas ideias surgiu aquela com que mais a identifiquei: apanhar o avião para a costa californiana e explorar um dos festivais mais badalados do planeta - Coachella.
Ela ria, achando que tudo não passavam de loucuras do momento e eu, num olhar cúmplice com o meu afilhado e noivo, tive a certeza que aconteceria. E assim foi: "Coachella, here we go!".
As semanas que se antecederam à viagem foram um furacão de ideias e preparativos, acompanhados por uma emoção incontrolável de ansiedade e excitação que contagiavam todos à nossa volta. Finalmente o dia da partida chegou e senti que, ainda antes de sair para o aeroporto, já a aventura tinha começado.
Foram dias inesquecíveis, cheios de momentos hilariantes, histórias inacreditáveis, segundos de desassossego, mas também de histórias secretas, mais de 1000 km de recordações, confissões silenciadas, segredos selados, lágrimas de emoção e promessas de amizade. Ou não fosse o tempo, de despedida de solteira. Parte de tudo isso, acredito que se reflectem e expressam nas fotografias… Uma felicidade que não se pode esconder, uma cumplicidade que não se explica, ligações que não se escolhem, sentem-se.
As malas voltaram cheias, a mente agitada de novas memórias e aprendizagens para interiorizar, os corações repletos e o corpo cansado de festas, jet lag, quilómetros na estrada e comoção. Tudo o resto, quem sabe algum dia alguém contará…